3. CONTRATAÇÃO DE ARQUITETOS E URBANISTAS
Cerca de 70% das pessoas que compõem a população economicamente ativa afirmam que contratariam os serviços de um arquiteto e urbanista para construções ou reformas. A parcela dos que já contrataram os serviços de arquitetos e urbanistas é de 7%. Entre as pessoas com curso superior e das classes AB, essa taxa é mais que o dobro, chegando a 16%.
As pessoas que, alguma vez contrataram arquitetos e urbanistas, foram solicitadas a avaliar os serviços. A satisfação é expressiva: oito em cada dez declaram-se satisfeitos com o trabalho do profissional de arquitetura e urbanismo.
Na pesquisa qualitativa, essa satisfação foi confirmada pelos participantes que já haviam contratado os serviços de arquitetos e urbanistas
Aproximadamente metade daqueles que contrataram um arquiteto e urbanista o fizeram devido à expertise do profissional, ao seu conhecimento técnico. Outras razões estão relacionadas a:
- exigências legais (legalização do projeto, agilização dos trâmites),
- a obtenção/ viabilização do projeto do imóvel e
- a segurança da construção.
Indicação de amigos ou parentes para a contratação de serviço de arquiteto e urbanista revela-se meio eficaz de obtenção de informação. Aliás, existem também indicações por meio de lojas/ lojas de material de construção e do engenheiro/ corretor.
Na pesquisa qualitativa, os poucos participantes que utilizam serviços de arquitetos e urbanistas são das classes sociais mais altas. Em todos os casos, o principal motivo para esse tipo de contratação é a indicação.
Caso o entrevistado fosse contratar serviços de arquiteto e urbanista hoje, levaria em conta principalmente a:
- experiência no tipo de construção,
- o preço,
- a indicação de amigos e parentes (assim como entre os que já contrataram serviços) e
- a relação custo X benefício.
A principal razão para não contratação dos serviços de arquiteto e urbanista é de natureza financeira (falta de dinheiro, valor alto). Porém, para alguns não houve ou não haverá necessidade de recorrer ao profissional (não construiu/ não construirá, fez obra pequena/ simples).
Porém, a pesquisa qualitativa detectou que existe uma percepção bastante distorcida do custo do trabalho do arquiteto em relação ao valor total da obra. Os participantes, em sua maioria, acreditam que o trabalho do arquiteto custe algo entre 20% e 40% do valor da obra.
Quando informados que o projeto custa algo em torno de 10% do valor total da obra, os participantes da pesquisa disseram que se trata de um valor justo e que pode acarretar em economia do valor total desembolsado.