A plataforma on-line Atlas da Expansão Urbana demonstra por meio de mapas, imagens de satélites e dados sobre mudanças espaciais o crescimento de centenas de cidades do mundo. Desenvolvido desde 2012 pela Universidade de Nova York, a ONU-Habitat e o Instituto Lincoln de Políticas do Solo, o principal objetivo do Atlas é analisar o desempenho e identificar as tendências na implementação da Nova Agenda Urbana.
O Atlas fornece dados sobre o crescimento, desde o século 20 até os anos 2000, da população; extensão urbana; densidade (número de habitantes por hectare) e áreas adicionadas à extensão das cidades. A plataforma também informações sobre o desenvolvimento das estradas, estradas arteriais e aglomerados residenciais das áreas analisadas.

Até o momento, plataforma contém amostras de 200 cidades. O foco do monitoramento são cidades com mais de 100 mil habitantes. O projeto considera toda a região metropolitana como uma mesma cidade, não só o município, e define seus limites pela área construída, e não pelo limite administrativo ou jurisdicional.
Oito cidades brasileiras aparecem na análise: Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Ilhéus, Jequié, Palmas, Ribeirão Preto e São Paulo.

A extensão urbana de uma amostra menor, com 30 cidades, foi analisada entre 1800 e os anos 2000, por meio de uma combinação de mapas históricos e imagens de satélites contemporâneos. O crescimento dessas cidades pode ser visualizado por meio de vídeos animados.
A interpretação de dados da plataforma, realizada após a coleta, foi realizada em três fases: mapeamento e mensuração de expansão global; mapeamento e mensuração da área urbana e estudos sobre terra e habitação na amostra global de cidades.

As análises podem ser exploradas no site e também são detalhadas em uma publicação de dois volumes, inteiramente disponibilizada pelo site do Instituto Lincoln, em inglês.
A Nova Agenda Urbana, documento de referência do Atlas da Expansão Urbana, foi promulgado na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat III, realizada em Quito, no Equador, em 2016.
Com informações do Nexo Jornal e do Instituto Lincoln.