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Praças de Burle Marx no Recife indicadas a patrimônio mundial

Membro votante do Comitê Internacional de Paisagens Culturais da Unesco, o arquiteto mexicano Saúl Alcantára Onofre indicou praças projetadas pelo paisagista Roberto Burle Marx no Recife ao título de patrimônio mundial. O anúncio foi feito na última segunda-feira (20), durante o evento de abertura do II Seminário Internacional Paisagem e Jardim como Patrimônio Cultural México/Brasil e de lançamento da publicação Cidade-paisagem, segundo volume da série Cadernos do CAU/PE.

 

“Roberto Burle Marx foi o paisagista mais influente do século XX, com o maior número de jardins projetados em todo o mundo e fundador do jardim tropical moderno”, afirmou Onofre durante a palestra magna do evento. Na capital pernambucana, seis praças de autoria do paisagista integram o rol do Iphan de patrimônio nacaional: a de Casa Forte, a Euclides da Cunha, a Salgado Filho, a Faria Neves e a da República.

 

Foto: Raul Kawamura

 

Atualmente, a lista indicativa do governo brasileiro para patrimônios mundiais conta com o Sítio Burle Marx, propriedade localizada no estado do Rio de Janeiro e também tombada pelo Iphan. “O que sugiro é que revisem esta lista e, com base em toda a documentação já existente, se inclua a produção dele no Recife, que foi o ponto de partida de toda essa produção moderna paisagística”, pontua o arquiteto mexicano, destacando o inventário realizado pelo Laboratório da Paisagem e o tombamento nacional como pontos fortes para a candidatura internacional. “Trata-se de uma decisão didática para atrair os cidadãos para conhecerem os atributos da natureza. É um erro sugerir apenas uma de suas obras”, finaliza.

 

Para a paisagista e especialista na obra de Burle Marx, Ana Rita Sá Carneiro, um título de patrimônio mundial contribui para a preservação do legado e para o despertar da população para a importância dos jardins públicos.  “Esses foram os primeiros jardins públicos modernos com essa visão de espaço educativo, artístico e que usa a força da natureza brasileira”, explica, lembrando que, apesar de rica e mundialmente conhecida, a obra de Burle Marx precisa ser mais valorizada e estudada por profissionais da arquitetura e do urbanismo brasileiros.

 

Fonte: CAU/PE

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