Presidentes de entidades de arquitetura e urbanismo do Brasil participaram da segunda edição do Fórum Internacional de Conselhos, Ordens e Entidades de Arquitetura e Urbanismo. Dentre eles Maria Elisa Baptista, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Eleonora Mascia, presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e atualmente na coordenação do Colegiado de Entidades de Arquitetura e Urbanismo (CEAU), Ana Goes Monteiro, presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) e Danilo Batista, presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA-BR).
Na ocasião, a presidente do IAB, Maria Elisa Baptista, mencionou que a participação no Fórum foi uma experiência muito importante para todos e permitiu compartilhar as experiências e as realidades dos países da América Latina, da África, dos países de língua portuguesa e as instituições do Brasil que lidam com a Arquitetura e Urbanismo.
“Há muito a aprender. Há trocas importantes. No modo de entender do Instituto de Arquitetos do Brasil, a carta resultante desse encontro, embora diga respeito apenas a interlocução e ao intercâmbio entre as entidades, entre os países, ela precisa cada vez aprofundar mais os problemas mais importantes de arquitetura e urbanismo e, por consequência, o nosso ofício de arquitetos e urbanistas precisam enfrentar. Questões da pobreza. Sem pobreza que resiste a qualquer trato. As questões da degradação ambiental. Todas essas questões que esses países que aqui estiveram compartilham. Trata-se de a gente descobrir aquilo que nos une. Quais são as nossas dúvidas comuns? Respeitando as diferenças e a diversidade, que, aliás, foi um dos aspectos mais interessantes desse encontro”.
Veja abaixo o vídeo: Mobilidade Profissional Internacional – Presidente do IAB
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Eleonora Mascia, presidente da FNA e atualmente na coordenação CEAU, disse que para debater o tema da mobilidade profissional com tantos desafios de transpor fronteiras geopolíticas e tecnológicas existe, ainda, o enfrentamento da desigualdade no mundo.
Segundo ela, existem várias pautas que unem os arquitetos e urbanistas de diversos continentes, das diferentes entidades e seus históricos e trajetórias, mas com uma pauta em comum com importância nos dias de hoje que é o combate à desigualdade. E, tendo a arquitetura e urbanismo, como instrumento para melhorar o mundo sob todos os aspectos.
“Os aspectos da vida nas cidades, os aspectos ambientais, da sustentabilidade, da vida em sociedade, do combate à pobreza. E isso é uma pauta importante. São diversas pautas que estão colocadas e precisamos colocar também como a gente pode estar trabalhando conjuntamente em prol dessa mudança necessária. Então, temos o desafio da tecnologia colocando na importância de a gente poder atuar no mundo que tem diferenças grandes, mas precisamos de fato atuar de forma conjunta e convergente e ter um alinhamento em relação aos procedimentos para que a gente possa levar Arquitetura e Urbanismo para toda a sociedade, para que as pessoas possam ter acesso ao arquiteto e urbanista na sua atuação profissional. As entidades reunidas têm essa oportunidade de poder gerar esse debate, gerar instrumentos, acordos de cooperação, instrumentos para que a gente possa estar trabalhando conjuntamente e de forma colaborativa e conjunta”, disse Eleonora.
Ela explicou também que as atividades realizadas durante o Fórum possibilitaram a construção de um documento comum, a Carta de Brasília, cuja redação final será divulgada em breve, após revisão e referendo das plenárias das instituições participantes. A minuta ressalta a importância de uma ação conjunta global em prol do desenvolvimento sustentável e o comprometimento dos participantes com uma agenda positiva na formação e na prática profissional internacional.
Veja abaixo o vídeo: Mobilidade Profissional Internacional – Presidente da FNA
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Para Ana Goes Monteiro, presidente ABEA, a mobilidade profissional internacional é um tema que interessa muito. “Não só a questão da mobilidade dos profissionais, mas a questão também das possibilidades de experiências de docentes e discentes podem ganhar um outro significado a partir dessas reuniões. O outro ponto que me parece interessante é o contato com várias instituições, especialmente, aquelas da América Latina e que nos possibilitaram conhecer um pouco melhor os sistemas de avaliação desses países. Os sistemas de ensino. Algumas experiências de algumas faculdades de arquitetura e eu acredito que os documentos que serão aqui assinados renderão ótimos frutos para a comunidade de Arquitetura e Urbanismo”, afirmou.
Confira o vídeo abaixo: Mobilidade Profissional Internacional – Presidente da ABEA
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Danilo Batista, presidente da AsBEA-BR, também participou da segunda edição do Fórum Internacional de Conselhos, Ordens e Entidades de Arquitetura e Urbanismo.
“Nós estamos em um mundo globalizado e cada vez mais a gente tem uma relação com todos os lugares. Todas as pessoas de uma forma mais fácil, mais interligada, em função da nossa tecnologia. É muito importante isso. Para os escritórios de arquitetura, que eu aqui represento, de ter oportunidades, de ter relação com outros países, assim como os arquitetos estrangeiros, com os nossos arquitetos aqui do Brasil. É um prazer estar aqui. Acho que esse evento é extremamente importante e espero que esse memorando assinado aqui produza muitos frutos para a arquitetura brasileira e a arquitetura do mundo em geral”, declarou.
Assista o vídeo: Mobilidade Profissional Internacional – Presidente da AsBEA-BR
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II Fórum
O evento realizado em julho, na Embaixada de Portugal, em Brasília, teve como tema: “Mobilidade Profissional Internacional, da formação ao exercício profissional” e foi organizado pela Comissão de Relações Internacionais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU Brasil). Dentre os objetivos do encontro estava a busca pela simplificação da mobilidade profissional dos arquitetos entre os diferentes países, assim como a troca de experiências para o aprimoramento da profissão.
Além de representantes e conselheiros do CAU Brasil estiveram presentes no encontro arquitetos de diversos países como Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Portugal, Rússia, Suíça, China, Macau, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, Uruguai, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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