ATIP

Projeto de assistência técnica do CAU/BR apoia municípios gaúchos afetados por enchentes

O último grupo de arquitetos e urbanistas do projeto-piloto Assistência Técnica de Interesse Público (ATIP) do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), em parceria com o CAU/RS, foi convocado para atuar nos municípios de Canoas e São Leopoldo, do Rio Grande do Sul. As vistorias começaram a ser agendadas e realizadas pelos profissionais habilitados no projeto. Ao todo, deverão ser produzidos dois mil laudos técnicos distribuídos entre os dois municípios, que ajudarão a avaliar as condições das residências afetadas e apoiarão a recuperação de áreas atingidas pelas recentes enchentes no estado.

Confira a lista dos nomes dos arquitetos e urbanistas convocados e saiba mais sobre a ATIP na página do projeto. https://caubr.gov.br/projetoatip/

O projeto-piloto, que conta com profissionais de 10 estados brasileiros, visa oferecer suporte técnico para identificar situações que requerem intervenção urgente e orientar os beneficiários sobre o que é necessário para a recuperação de suas moradias.

Sthefânia Dezordi Duhá, arquiteta e urbanista credenciada no ATIP, destaca a importância dos laudos para orientar a população sobre questões construtivas e documentais, além de garantir que as intervenções futuras tenham segurança e sustentabilidade. “As vistorias sérias e feitas com atenção garantem o bom uso dos recursos do CAU, além de criar bases para novas iniciativas”, salienta, ao destacar que muitas famílias levaram a vida para construir o seu lugar e hoje só têm o terreno ou danos graves estruturais a reparar ou só resta demolir e reconstruir.

A arquiteta Juliana Pellizzon reforça que o ATIP permite aos municípios atualizar o zoneamento urbano, especialmente nas áreas que tiveram a extensão de risco alagável ampliada após a última catástrofe. “Além da necessidade de planejar corredores verdes e parques em áreas alagáveis para facilitar o escoamento das águas, é essencial regulamentar a expansão urbana e evitar ocupações em áreas de risco e de entorno de corpos d’água”, explica Pellizzon.

O ATIP representa um avanço ao possibilitar que profissionais autônomos contribuam com suas habilidades para a reestruturação de áreas vulneráveis, além de aproximar a atuação profissional de segmentos da população historicamente distantes desse serviço. O projeto demonstra o papel essencial da arquitetura e urbanismo não apenas para obras tradicionais, mas para o planejamento urbano e para a inclusão social, promovendo condições dignas de moradia e maior qualidade de vida para todos.

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