ARQUITETURA SOCIAL

Minha Casa Minha Vida: 56% dos imóveis apresentam falhas de construção

 

Mais de 56% dos imóveis do Minha Casa Minha Vida vêm com problemas de construção, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU). São imóveis com rachaduras, vazamentos, às vezes até mesmo sem ligação de água e esgoto. O programa Bom Dia Brasil, da Rede Globo, mostrou diversos casos de empreendimentos entregues sem qualidade. O programa já investiu mais de R$ 100 bilhões até hoje. “Em alguns casos dá para a gente dizer que o sonho da casa própria vira pesadelo”, afirmou a apresentadora Ana Paula Araújo. Clique aqui para ver a reportagem na integra. 

 

O programa mostrou o Condomínio São Francisco, em Belford Roxo (RJ). Foram construídos 243 apartamentos a um custo de R$ 11 milhões, que já apresentam rachaduras nas paredes e nos pisos, além de uma caixa d’água que explodiu. No Jardim Novo Horizonte, também no Rio de Janeiro, 134 famílias receberam casas sem ruas, sem título de propriedade e sem abastecimento d’água. As moradoras pegam água no mesmo riacho onde se despeja o esgoto.

 

Repórteres também apresentaram casos em Campo Grande, onde a entrega de 260 casas está mais de dois anos atrasada; no Crato (CE), onde um conjunto habitacional foi construído ao lado de uma estação de tratamento de esgoto; e em Juazeiro (BA), onde um conjunto de 1.600 casas apresenta alagamentos, paredes rachadas, tetos caindo e buracos nas ruas.

 

 

O programa lembrou que a Lei 11.977 exige que os conjuntos habitacionais sejam feitos em áreas com tenham: infraestrutura; saneamento básico; equipamentos de saúde; de educação e de lazer. Mas não é o que acontece. “Como é que faz mal-feito desse jeito?”, questionou o apresentador Chico Pinheiro.

6 respostas

  1. Quando a Midia Golpista dessa Globo disser que um projeto para as classes menos favorecida for uma coisa boa..Vai chover canivete…Lamentável um órgão como o CAU projeta a noticia desses reais canalhas e sonegadores impedindo tornar os recursos para a população em benefício…
    A quem o CAU serve ?

    1. Agora está explicado, a culpa do programa minha casa minha vida não dar bons resultados, é da Globo.
      Vamos contratá-lo como perito e dar um GORPi na Engenharia.

  2. Que grande absurdo! O programa “Minha casa, minha vida” deixa um rastro de tristeza… Como isso pode ser possível? Não se lida dessa forma com o cidadão; aquele que acreditou na realização de um grande sonho…

  3. O programa Minha Casa Minha Vida, na realidade e o programa Minha Casa Minha Divida, pois a CEF nao tem competencia nenhuma para gerir um programa de construçao para baixa renda, pois ela só favorece bancos, construtoras e incorporadoras. Com estas mediocres construçoes, o morador nao paga, a mesma e tomada e torna-se um troféu da CEF para os famosos LEILOES. Leiloes estes que são socialmente inconcebíveis, pois a desgraça de um pode ser a alegria e/ou posteriormente tristeza de outro. Pois como digo abaixo a política da CEF é somente obter lucros exorbitantes, sem nenhuma expertise em política habitacional.
    As necessidades básicas do ser humano são: Alimentação, Vestimenta e Moradia, com estas necessidades satisfeitas o homem se considera seguro e fazendo parte de um grupo social. Mas nos dias de hoje em nossa sociedade a Moradia esta cada vez mais distante. Vemos em toda parte pessoas habitando em condições Sub Humanas e o poder público não consegue com suas políticas publicas obsoletas e decadentes, suprir as necessidades de moradia dos que mais necessitam, colocando, obrigando, empurrando estes a habitar cada vez mais precariamente.
    Com o fim do regime militar e a extinção do BNH (Banco Nacional da Habitação) a CEF (Caixa Econômica Federal) tornou se agente financeiro dos SFH (Sistema Financeiro Habitacional), sem ter nenhuma experiência de políticas sociais de habitação de baixa renda e vem dificultando/limitando o credito de produção habitacional de caráter social e sempre adotando critérios de financiamento bancários predatórios para que se acabe com o déficit habitacional.
    Este sistema excluiu parcela significativa da população de baixa renda ao atendimento da política habitacional e beneficiando apenas aos investimentos de capitais, ou seja, ao lucro das empresas privadas de produção habitacional para as classes mais abastadas. A CEF (Caixa Econômica Federal) continua com seu papel de agente financeiro visando lucros exorbitantes para ela e beneficiando bancos privados, construtoras, agentes promotores; criando com isto uma rede de intermediários que onera em muito o valor final de uma moradia para a população de baixa renda, sem contar com a péssima qualidade das construções. Vide por ultimo em São Luis – MA construção feita pela Cirella, construtora e incorporadora, considerada top no Brasil. Mas que constrói obras de primeira qualidade para padrões sociais altos.
    Hoje no Brasil temos um déficit habitacional em torno de 5 a 6 milhões de moradia, que poderia ser suprido se os poderes públicos junto com as entidades de Classe como CAU- Conselho de Arquitetura e Urbanismo e outras, estado e prefeituras, trabalhassem em conjunto viabilizando estas políticas, conforme as necessidades locais de cada Região, Estado, Município.

    Jonas Souto
    CAU-A135256-3
    Cel Phone-(27)9 9774-7875

  4. Na realidade, nenhum programa dessa quadrilha PT/PMDB, que tomou conta do nosso pais, desde 2003, deu certo.
    Foi e continua sendo uma roubalheira sem limites. Além disso, falta preparo e competência administrativa.
    Corrupção no Brasil sempre existiu, mas nunca na história desse país se viu tamanha barbaridade.
    As nossas esperanças são basicamente duas:
    – que todos estes canalhas paguem caro pelos delitos cometidos, sinalizando às novas gerações que o crime não compensa;
    – que surja nova geração de políticos honestos, preparados e competentes, que nos devolva o sentimento de orgulho nacional.

  5. Acho que podemos também fazer uma reflexão sobre o papel do profissional de arquitetura nestes projetos espalhados por todo pais. Será que nós enquanto profissionais estamos tendo a postura correta diante do projeto e da execução de tais obras. Será qual nossa parcela de culpa à medida que para existir financiamento público é necessário que vários profissionais de arquitetura e engenharia estejam envolvidos nos processos?

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