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Rumo ao Congresso UIA2020RIO: comissão da UIA visitará o Rio em março

Com o objetivo de conhecer “in loco” o atual estágio dos preparativos para a realização do 27º. Congresso Mundial de Arquitetos UIA2020RIO, o Comitê Executivo da União Internacional de Arquitetos enviará, nos próximos dias 2 e 3 de março, uma comitiva ao Rio de Janeiro. O evento terá como tema “Todos os Mundos. Um só Mundo. Arquitetura 21”.

 

A visita ficou acertada em reunião do Comitê, realizada em Paris, no final de janeiro, com os arquitetos e urbanistas Nivaldo Andrade, o presidente do IAB, entidade organizadora do Congresso, e Roberto Simon, arquiteto e urbanista Nivaldo Andrade, e Roberto Simon, vice-presidente da UIA para as Américas.  “A apresentação prévia que fizemos foi muito bem recebida. Quem participar do 27º. Congresso irá ao Rio e verá o Rio, pois o evento terá uma característica “outdoor”, não “indoor”, em razão da articulação física, com boa mobilidade, entre os hotéis, o local da conferência e os eventos paralelos”, afirma Nivaldo Andrade.

 

Roberto Simon, a australiana Louise Cox (Presidente da UIA 2008-2011, o inglês Rod Hackney (Presidente da UIA 1987-1990) e Nivaldo Andrade

A comitiva será composta pelo presidente da UIA, Thomas Vonier (Estados Unidos); pelo secretário geral, Serban Tiganas (Romênia); pelo tesoureiro Fabian Llisterri (Espanha); e pelo presidente do 26º. Congresso, Jong Ruhl Hahn, além do próprio Roberto Simon. A delegação será recebida pela direção do IAB, o presidente do comitê organizador, arquiteto e urbanista Sérgio Magalhães, e pelos curadores da mostra.  O CAU/BR e as demais entidades do setor igualmente se farão representar. Para o futuro estão previstas outras visitas, entre elas do comitê científico e de todo Conselho da UIA.

 

ARQUITETURA E URBANISMO PARA TODOS

Em paralelo, Roberto Simon, participou nos dias 25 e 26 de janeiro, na sede conjunta da Ordem de Arquitetos da França e da UIA, de reuniões com pautas de alcance social e de inclusão de novas atividades.

 

Conforme explica o vice-presidente da UIA para as Américas, “o Conselho da UIA e a sua Comissão de Prática Profissional trabalharam independentemente, mas nesse momento buscam uma convergência de ações principalmente nas questões sociais e de sustentabilidade, acompanhando a agenda global”.

 

“Trata-se, certamente, de uma ótima iniciativa promovida pela atual gestão, uma vez que fomentará a discussão sobre o habitat de populações menos favorecidas do mundo, com a perspectivas de contribuir com a boa qualidade da Arquitetura e do Urbanismo, da sustentabilidade e Direito à Moradia. É fundamental buscarmos juntos, e o mais breve, mecanismos e formas das pessoas necessitadas de todo mundo também terem direito de acesso ao Projeto”.

 

Roberto Simon reconhece que o desafio é enorme. “Primeiro, com relação ao sistema econômico e como esse é distribuído. É preciso que as representações dos arquitetos e urbanistas participem da formulação da política de investimentos públicos, como já ocorre na Grã-Bretanha, por exemplo, onde o RIBA compartilha da decisão do orçamento anual dos programas onde existe a participação direta dos arquitetos e urbanistas, como saneamento, habitação, preservação e assim por diante”.

 

Roberto Simon fala aos participantes do encontro de Paris

Segue o arquiteto: “Em segundo lugar há o problema da disputa e captação de recursos. Isto exige trabalhar com governos com um plano por um longo período, que ultrapasse gestões”.

 

Um terceiro desafio, “e não menos importante, é a educação”. É um trabalho, segundo ele, com dois vetores. Um deles, em conjunto com as escolas de arquitetura na qualificação sempre maior dos seus programas e na sua acreditação desses pela UIA. Outro é a implementação simultânea de programas para reposicionar a profissão no mercado de trabalho de forma a alavancar melhores oportunidades de trabalho.

 

UNIÃO DE ESFORÇOS

“Estamos falando de processos associados a vida das pessoas, às cidades, aos índices de qualidade de vida, o que significa que não as ações não devem se restringir a uma só organização como a UIA”. A entidade buscará, assim, uma articulação com outras organizações que estão ligadas direta e indiretamente a esse desafio.

 

“É fato também, deixando claro, que para lidar com esses todos esses desafios, três anos de um mandato é pouco tempo, portanto precisamos como coletivo estar conscientes e comprometidos em um projeto de longo prazo. Para fazer enfrentamento a essa questão do tempo de uma gestão, ou seja um plano de longo prazo, foi criada uma nova comissão permanente ligada à temática dos Desafios do Desenvolvimento Sustentável da ONU, para que os assuntos evoluam entre gestões”.  Até o momento, a UIA contava com três comissões: de Concursos, de Ensino e Formação e de Prática Profissional.

 

“Nesse contexto, a UIA precisa de novas fontes de recursos financeiros para enfrentar o desafio, que é global, com uma equipe eficiente, comprometida e transdisciplinar. Necessitamos adequar nossas práticas e visão voltadas para a quarta revolução industrial, para a nova economia e para a conectividade global”.

“Trata-se certamente de um plano ambicioso, mas necessário e urgente”, conclui Roberto Simon.

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