Com pesar, o CAU/BR lamenta informar o falecimento na noite de 12 de setembro de 2019 do arquiteto e urbanista André Schmitt. Ele tinha 72 anos de idade e estava internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis, em coma, desde a semana passada, após complicações decorrentes de uma queda em casa. Projetista de importantes empreendimentos da capital de Santa Catarina, André Schmitt se auto-classificava como “um desenhador urbano” .
“Estamos de luto. André era um dos mais respeitados arquitetos de Santa Catarina, colega exemplar que deixa um legado na arquitetura catarinense fantástico. A consternação é enorme não apenas em nosso meio, mas na cidade. Como conselheiro federal por Santa Catarina manifesto, em nome do CAU/BR, meu pesar aos familiares”, afirmou o arquiteto e urbanista Ricardo Martins da Fonseca.
“É uma perda enorme para a arquitetura catarinense por que o André Schmidtt foi um arquiteto inovador, empreendedor, sempre presente nas questões relevantes da arquitetura. Ele sempre colocava sua criatividade e seu gosto pelo desenho para nos trazer provocações e alternativas que nos ajudavam a refletir sobre o papel da arquitetura e sua importância na transformação do espaço. Ele foi um arquiteto à frente do seu tempo, generoso, sempre disposto a ensinar, a compartilhar e trazer soluções que com um perfil humanista”, afirmou Daniela Sarmento, presidente do CAU/SC.
“Estamos muito tristes com esta notícia inesperada. A AsBEA SC, assim como toda a comunidade da arquitetura catarinense, se despede hoje, com muito carinho, do arquiteto e urbanista André Schmitt, um profissional renomado, professor de gerações e grande exemplo para todos nós. Com certeza deixará uma lacuna insuperável. Seus traços vão agora projetar belas obras no céu”, declarou Carlos Lopes, arquiteto e atual presidente da AsBEA SC.
André Schmitt era titular do escritório Desenho Alternativo. Em março de 2018, no dia do aniversário de Florianópolis, o arquiteto e urbanista recebeu a Medalha do Mérito Virgílio Várzea, pelos relevantes serviços prestados à cidade. Na ocasião, a revista ÁREA publicou uma matéria especial a respeito de seu trabalho onde lembra que “de suas pranchetas, nasceram empreendimentos de destaque na cidade, como o resort Costão do Santinho (que exigiu o desenvolvimento de um plano diretor para toda a orla), e sob sua coordenação, Florianópolis ganhou propostas inovadoras, como a do Jardim Botânico, com três estações sediadas em diferentes bairros. Nos anos 1970, foi Secretário do Turismo e, nesse período, criou-se a Fundação Cultural Franklin Caescaes e determinou-se o fechamento do vão central do Mercado Público ao trânsito de veículos – iniciativa que contribuiu para a consolidação do espaço como importante ponto turístico e cultural da cidade. E sempre colaborou nas discussões sobre o plano diretor”.
A revista também lembrou que André figura entre os Grandes Nomes da Arquitetura Catarinense em Planejamento Urbano, publicação produzida pela Santa Editora em parceria com a AsBEA/SC.
André venceu, em 1996, o concurso público nacional de ideias lançado pela prefeitura e pelo IAB/SC para o ‘Parque Metropolitano Dias Velho – aterro da Baía Sul’. O projeto desenvolvido por ele e mais oito colegas, com a assessoria de nove consultores de diferentes competências, previa a aproximação do mar, a integração dos modais, a criação de áreas de lazer e de novos pontos para negócios, gastronomia e entretenimento na região, na área central da cidade. A proposta ainda não foi implementada.
Com informações da revista ÁREA.
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