ARQUITETURA SOCIAL

Seminário Archinexus: Como arquitetos podem ressignificar seus negócios

 

Debate sobre desenvolvimento e valorização da Arquitetura e Urbanismo, promovido pelo I Seminário Virtual Archinexus, reuniu mais de 1.100 participantes pela internet. Arquitetos e urbanistas, estuantes e demais atores da cadeia da construção civil acompanharam quatro mesas de debate: ressignificação dos negócios na Arquitetura e Urbanismo; gestão e operação de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social; programa de crédito para obras em áreas carentes; e caminhos para um futuro comum e mais saudável.

 

Na abertura do evento, o presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães, destacou os temas de alta importância para a discussão das cidades brasileiras e suas desigualdades sócio-econômicas, agravadas pela covid-19. “No Dia Mundial da Saúde, em abril, divulgamos uma carta à sociedade ressaltando o papel dos arquitetos e urbanistas na qualidade de vida das nossas habitações e cidades”, disse.

 

Luciano Guimarães alertou para a urgência de ações e políticas que garantam condições dignas de moradias, com um plano nacional de assistência técnica – tema que vem sendo trabalhado pela Comissão de Política Profissional do CAU/BR. “Cidades têm que ser saudáveis para todos, senão não será para ninguém”.

 

RESSIGNIFICANDO NEGÓCIOS
Na primeira mesa de debates, o empresário Marcos Batista, da Academia Exponencial, falou dos novos valores em um mundo em transformação, marcado pela era digital. “A partir de agora, surgirão novos modelos de negócio que entendem a mudança”, disse. Segundo ele, arquitetos e urbanistas devem considerar na venda de seus serviços fatores como bem-estar, home office, faça você mesmo, empatia e liderança.

 

“Comunicação talvez seja o maior erro na área de Arquitetura e Urbanismo. Há um engano sobre o que é valor para o cliente”, afirmou. Segundo ele, os profissionais devem falar mais das transformações para seus clientes, das emoções do trabalho, além do projeto e da estética. “Você tem que ter historias para contar, mostrar marcas de amor”.

 

Histórias não faltaram na apresentação da arquiteta e urbanista Juliana Simionato, da ONG Teto Brasil, que mobiliza moradores e voluntários para trabalhar na construção de casas de emergência e em projetos de infraestrutura. “Já produzimos mais de 4.000 moradias e 50 projetos comunitários, com o trabalho de 70.000 voluntários”, afirmou.

 

ARQUITETURA E SAÚDE
Juliana contou que a pandemia fez mudar o foco de trabalho da organização. A Teto Brasil agora está priorizando projetos de projetos de infraestrutura em saúde, como a implantação de banheiros modulares biodigestores, lavatórios comunitários e cisternas, além da arrecadação de doações para distribuir cestas básicas e kits de higiene para 10.000 pessoas.

 

“Arquiteto trabalhando na base da pirâmide vai ter uma clientela muito maior”, afirmou Juliana, esimulando os colegas a participarem de trabalhos voluntários para conhecer como funciona o mercado poopular na área da construção.

 

Com mediação da presidente do CAU/RO, Cristina Barreiro, a mesa contou ainda com a participação do superintendente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), Waldir Abreu. Ele destacou que arquitetos e urbanistas não são profissionais distantes das necessidades da maior parte da população, como se acredita.

“Brasileiro precisa investir mais na sua habitação, na sua casa”, afirmou Waldir. Para ele, arquitetos e urbanistas podem e devem se unir aos lojistas de sua região para encontrar soluções para todas as pessoas.

 

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Quer saber como foram os outros debates do Seminário Archinexus? Acompanhe as notícias e as redes sociais do CAU/BR, vamos contar tudo em uma série especial de reportagens.

 

Confira a íntegra do evento no vídeo abaixo:

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