Ensino e Formação

Seminário debate efeitos da pandemia e uso da tecnologia no ensino de A&U

 

O segundo dia do Seminário de Formação, Atribuições e Atuação Profissional do CAU, nesta terça, 27 de setembro, começou com a apresentação de trabalhos acadêmicos escolhidos pelo Comitê de Avaliação e Seleção da Chamada Pública.  “O que se espera da formação de arquitetos e arquitetas e urbanistas no atual contexto brasileiro e mundial?” foi a pergunta central respondida por 48 estudos expostos e debatidos entre os mais de 90 participantes desse momento do evento.

 

Os participantes da mesa 1 tiveram a oportunidade de acompanhar a exposição do professor Gogliardo Vieira Maragno, Lacunas (ir)recuperáveis: a incompletude do remoto no ensino de Arquitetura e Urbanismo durante a pandemia (clique no link para acessar).

 

 

“As lacunas podem ser recuperáveis desde que a incompletude do remoto durante a pandemia não seja esquecida nem aceita”, aponta Maragno.

 

O segundo trabalho, apresentado pela docente Christiane Uchôa, fez um contraponto ao papel da tecnologia nos fazeres da profissão. Habitação de Interesse Social – Conforto Térmico e eficiência Energética- Condomínio Refazenda – Niterói/ RJ apontou caminhos para uso de metodologias reconhecidas na formação, que aliadas às inovações tecnológicas, impactam positivamente em projetos e, consequentemente, na melhora da qualidade de vida de comunidades inteiras. “A perspectiva da arquitetura sustentável faz parte da formação de arquitetos e arquitetas, é um dos pilares da nossa formação e não uma novidade para nós. Agora, precisamos usar a tecnologia a nosso favor”, comenta Uchôa.

 

 

O terceiro trabalho da manhã foi desenvolvido por Jorge Guilherme Francisconi, O arquiteto e urbanista pensado como sujeito detento e símbolo de poder, apresentado em vídeo, fez uma reflexão sobre a lei de criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo no país.

 

O quarto e último trabalho apresentado na mesa 1, foi também desenvolvido pela professora Christiane Uchôa. Revitalização como ferramenta de gestão do espaço urbano em um cenário de mudança climática e resiliência, foi ponto para discutir o papel social dos profissionais de arquitetura e urbanismo.

 

Ao final das exposições, foi aberto debate entre os participantes da mesa. A conselheira federal, Claudia Sales, apontou diferenças entre realidades, afloradas pelo processo de isolamento exigido pela pandemia. “A gente tem que se posicionar e encarar a situação dentro deste contexto e se perguntar quando é que a conta será dividida?”

 

Maria Elisa Baptista, presidente do IAB, reforçou que a lacuna não acontece apenas nas universidades, o que também ocorre na formação infantil. Para ela, o caminho da recuperação da formação de arquitetos e arquitetas está na extensão e na residência. “Os cinco anos na universidade, por melhor que seja o curso, são insuficientes. Uma educação continuada é um plano de futuro, que são as propostas para novas diretrizes curriculares”.

 

A suplente de conselheira Julia di Melo do CAU/GO, questionou os demais sobre formas de promover um “reforço” na educação.

 

O professor mineiro Sérgio Machado perguntou sobre quais encaminhamentos o CAU dará a todo o processo de escuta.

 

O conselheiro federal Guivaldo D´Alexandria Baptista, (BA) pontuou que o papel dos docentes está além da ciência técnica. “É mais que preparar arquitetos, vamos formar bons arquitetos”.

 

Joselia da Silva Alves, conselheira federal pelo AC, finalizou indicando que as conversas que acontecem no Seminário são a chave para abrir o debate, relembra que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo já estava discutindo a questão do EAD antes mesmo do surgimento da pandemia. “Não é apenas a discussão  do ensino de maneira remota é qualidade do ensino, seja ele como for”.

 

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