No II Seminário Nacional de Formação, Atribuições e Atuação Profissional, a Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR junto às CEF dos CAU/UF realizaram um workshop interno para debater as impressões e principais questões presentes no Seminário, além de fazerem um balanço sobre as ações desses três anos de gestão.
Para o gerente de planejamento do CAU Brasil, Gelson Benatti, que conduziu o workshop, as questões levantadas servem tanto para as próximas gestões das CEF quanto de outras comissões, pois o ensino e a formação estão na base profissional.
Uma das grandes questões apontadas foi a formação voltada à realidade brasileira e atenta às realidades locais. E esse assunto se relaciona com a revisão das DCN – diretrizes curriculares nacionais, outra preocupação levantada pelo grupo. Essa revisão foi debatida durante a palestra do Luiz Roberto Liza Curi, do CNE, no segundo dia do Seminário.
Chamou a atenção o alto número de vagas de EAD para graduação em arquitetura e urbanismo, que, por sua vez, tem o mais alto índice de evasão.
As questões urbanas entraram no foco dos participantes, como o direito de ocupação da cidade por todos, apropriação do espaço público, e um olhar que privilegie todos os segmentos sociais, principalmente as crianças, na construção das cidades. Sobre isso, fica o ponto a não se perder de vista para as próximas ações de qual é a responsabilidade da arquitetura e urbanismo frente às questões sociais e ambientais.
Mini Plenária
Na tarde desta terça-feira, dia 19 de setembro, o II Seminário Nacional de Formação, Atribuições e Atuação Profissional foi encerrado com uma mini plenária que contou com a exposição dos principais temas abordados durante os dois dias de evento. Na ocasião, foram apresentados temas que poderão ser destaques e serem executados pela Comissão Ordinária de Ensino e Formação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CEF/CAU Brasil) na próxima gestão.
Valter Luis Caldana Junior, conselheiro federal, relembrou o início da gestão e a construção do trabalho durante quase 2 anos e meio realizado de forma colaborativa e de qualidade. Além disso, ele falou sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN).
“Nós, da CEF, fruto de uma construção coletiva, entregamos cinco sugestões reafirmando algumas que já existiam, mas concentramos os esforços de trabalho em duas que nos pareceram muito importante e estamos fazendo uma pressão constante. A primeira a exclusividade e a compreensão de que atividades extensionistas são atividades correlatas as atribuições profissionais e, portanto, elas precisam ser coordenadas, exercidas e ministradas por profissionais e como tal reconhecidas por instituições. Não é carga hora extra. Não é trabalho voluntário. Trabalho de extensão é interface plena entre formação e o exercício profissional sobre o controle da academia. A segunda questão é a carga horária. No Brasil, a definição de presencial está em uma portaria. Nossa posição é que nós temos que ter aumento de carga horaria de referencial e efetiva”.
Caldana destacou que é preciso aprofundar a discussão sobre uma questão fundamental existente na DCN: competência e conteúdo. “O grande desafio do CAU é o monitoramento da implementação das DCN. Esse é o grande desafio de 2024. O monitoramento é onde será efetivamente preenchido na prática como, por exemplo, o caso de normativos. A presença do Ministério da Educação aqui conosco hoje é para termos portas abertas. A gente não participa das discussões e agora começamos a participar. A grande discussão que irá se dar será essa: temos que fazer parte do comitê gestor de monitoramento de implementação das DCN”.
Ele também ressaltou que durante o evento foi possível ouvir seguimentos da sociedade de diversos setores que mostraram a amplitude da responsabilidade do Conselho e dos profissionais de Arquitetura.
Além disso, os participantes do evento pontuaram questões fundamentais para dar continuidade no debate acerca da formação em Arquitetura e Urbanismo e seus reflexos nas atribuições e na prática profissional.
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