PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Seminário sobre patrimônio aborda a preservação digital do Museu do Ipiranga

Fernanda Machado fala sobre preservação digital do Museu do Ipiranga (Foto: Arthur Bruckman)

Na manhã do dia 14 de agosto, teve continuidade a programação do seminário “Legados e Lições: Um Olhar sobre 60 Anos da Carta de Veneza”, em Olinda-PE. A palestrante Fernanda Machado apresentou o painel “Estudo de caso: Preservação Digital do Museu do Ipiranga”.

Fernanda Machado é executiva de indústria sênior, líder de sustentabilidade na Autodesk e coordenadora geral do Comitê Científico e Técnico do BIM Fórum Brasil. Além disso, é mestre em Arquitetura, Tecnologia e Cidade pela UNICAMP e especialista em Gerenciamento BIM pelo SENAI CIMATEC. Formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFBA, possui expertise em projeto e planejamento de empreendimentos utilizando a Modelagem da Informação da Construção (BIM).

Machado começou sua apresentação relembrando que o Museu do Ipiranga foi fechado em 2013 devido a uma série de deficiências e riscos estruturais. Ela destacou que, embora o museu já tivesse mais de cem anos de existência, do ponto de vista de memória arquitetônica, praticamente não havia um acervo documentado do edifício. “Nosso papel, no caso do Museu do Ipiranga, foi trabalhar na preservação da memória do patrimônio antes da requalificação, para que, do ponto de vista histórico, existisse um registro de como era o museu até aquele período”, explicou.

Entre 2020 e 2022, foi realizado um trabalho de captura da realidade do museu e, posteriormente, um cadastro espacial em um modelo BIM. Como o Museu do Ipiranga está localizado no Parque da Independência, o trabalho abrangeu não apenas o museu, mas também toda a área do parque.

Fernanda explicou que o projeto também teve como objetivo desenvolver e promover boas práticas voltadas à criação de políticas públicas para a digitalização e gestão patrimonial. Ao longo da apresentação, a executiva detalhou como a tecnologia foi importante durante todo o processo.

Ela também mencionou os próximos passos, que incluem o foco nos jardins do museu, o escaneamento de objetos da coleção já selecionados, e a integração de um software de gamificação.

O seminário é uma realização conjunta do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU/PE), da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ) e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), por meio da Câmara Temática de Patrimônio da Comissão Especial de Política Urbana e Ambiental (CPUA).

O seminário “Legados e Lições: Um Olhar sobre 60 Anos da Carta de Veneza” teve uma programação extensa nos dias 13 e 14 de agosto. A transmissão foi feita pelo canal do YouTube do CAU/PE. Para quem não pôde acompanhar ao vivo, as palestras estão disponíveis no canal oficial do CAU/PE no YouTube.

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