Em entrevista para a série especial do CAU sobre o Dia Internacional da Mulher, a arquiteta e urbanista Silvia Pessoa de Lima, do Amapá, falou sobre sua trajetória e da atuação da mulher na profissão.
Silvia se formou no Curso de Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia – UNAMA, no ano de 1998 na cidade de Belém-Pará. Desde sua formação, a arquiteta atua há 20 anos como concursada na secretaria de obras do município de Santana – SEMOP, segundo maior município do Estado, vizinho à capital Macapá. Seu cargo atual é de gerente de projetos.
Silvia destaca que quando se trabalha em órgãos públicos na área de Arquitetura e Urbanismo é interessante poder visualizar e planejar uma cidade, mas ao mesmo tempo existe o confronto da existência da questão técnica e entendimento da gestão política. Ainda explica sobre a importância do planejamento urbano, o qual reflete na vida da população como um todo, se tornando gratificante e desafiador.
“Um dos desafios da mulher em assumir chefias é que, muitas vezes, é um espaço muito ocupado pelo sexo masculino, e que a gente não quer visualizar que tem preconceito, mas existe e infelizmente nos dias de hoje”, afirma a arquiteta.
Silvia ainda se pós-graduou em elaboração e análise de projeto e perícia ambiental. Explica que estas especializações perpassaram pela sua visão social. “Quando se mexe com a vida de uma população, é necessário entender a questão social e ambiental, onde se pode melhorar a qualidade de vida e a autoestima das pessoas”, conta a arquiteta.
Nesse sentido da gestão política e planejamento urbano regional, Silvia trabalhou no plano habitacional, plano de mobilidade urbana de Santana e como colaboradora no plano diretor da cidade e no plano municipal de saneamento básico.
Qual a mensagem que gostaria de deixar para as mulheres?
Ter a certeza que cada dia terá um desafio e que isso não seja um obstáculo, mas como um momento impulsionador onde cada dia a mulher vença, seja no espaço profissional ou em sua casa, mostrando sua capacidade e que ela pode alcançar tudo o que deseja, não tem limite, pois somos batalhadoras e vencedoras.
Nós mulheres, na nossa área de Arquitetura e Urbanismo, levamos a sensibilidade, e é esse nosso diferencial onde nós alcançamos nossa posição.
Por Paula Costa – CAU/AP
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