Já chegam a 1500 as adesões de arquitetos premiados, intelectuais, críticos, dirigentes e curadores de instituições culturais de todo mundo a abaixo-assinado “Patrimônio sob cerco no Brasil” dos DOCOMOMO Internacional e do Brasil contra a privatização do Palácio Gustavo Capanema, edifício ícone da Arquitetura Moderna brasileira, como pretende o Ministério da Economia. DOCOMOMO é a sigla, em inglês, do Comitê Internacional de Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Bairros do Movimento Moderno.
Os Pritzker Alejandro Araveja, chilena, e Alvaro Siza e Eduardo Souto de Moura, portugueses, aparecem no documento ao lado de nomes de outros consagrados arquitetos como o finlandês Juhani Uolevi Pallasmaa e o paraguaio Solano Benitez.

“Privatizar o Palácio Capanema reformado e sua praça mostraria uma constrangedora falta de educação e cultura, um falso senso de economia e uma assustadora imprevidência configurando um crime contra o patrimônio nacional e mundial”, diz o a abaixo-assinado encabeçado por Ana Tostões, presidente do DOCOMOMO Internationnal, e Renato da Gama-Rosa Costa, do DOCOMOMO Brasil.
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Entre tantos outros, também assinam o manifesto Antoine Picon, da Fondation Le Corbusier; Martino Stierly do MoMA Nova York; Maristella Casciato do Getty Research Institute e Patricia Morton, vice-presidente da Society of Architectural Historians (SAH).
Há ainda intelectuais e críticos como William J. R. Curtis, estudioso da arquitetura moderna mundial; Kenneth Frampton, da Columbia University; Josep Maria Montaner, da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, autor de dezenas de livros; Jorge Francisco Liernur, curador convidado do MoMA de Nova York. E dezenas de nomes nacionais, entre os quais Maria Elisa Costa, filha de Lucio Costa; Ana Lúcia Niemeyer, neta de Oscar Niemeyer; João Cândido Portinari, filho de Cândido Portinari; Lúcia Capanema, sobrinha-neta de Gustavo Capanema, professora da UFF; Clara Andrade Alvim, professora aposentada na UnB e a arquiteta Maria Estela Jubitschek, filha de JK.

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