Neste último domingo (18) completou um ano da morte do arquiteto e urbanista Eduardo Jorge Félix Castells, que deixou um importante legado de sua intensa atividade acadêmica e profissional e ao mesmo tempo uma imensa saudade pela pessoa admirável que sempre soube ser.
Eduardo Jorge Félix Castells morreu aos 71 anos, em Florianópolis. Exercia o cargo de diretor de Planejamento do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF). Foi Professor Associado III da Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolveu atividade docente, de pesquisa e profissional centrada na área de Projetos Urbanos e de Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia de projeto, arquitetura urbana, projeto de arquitetura e urbanismo, revitalização urbana, patrimônio arquitetônico e paisagístico, sustentabilidade.
Vida acadêmica
Castells era graduado em Arquitectura e Urbanismo pela Universidad Nacional de La Plata (Argentina 1970), Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (1988), Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (Título: Espaço, Informática, e Controle Social – 1987), Doutorado em Engenharia de Produção e Sistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (Título: Avaliação da Aplicabilidade de Programas para a Qualidade de Projeto na Elaboração de Projetos de Edifícios Residenciais e Comerciais em Altura – 2001), Pós Doutorado em Ciências Sociais Aplicadas (Arquitetura e Urbanismo – Metodologia de projeto – 2009).
Castells participou em muitos concursos públicos de idéias e de anteprojeto como:
Concurso de idéias para o Parque Metropolitano Dias Velho, no aterro da Baia Sul, Florianópolis (1997 – 2º lugar).
Concurso para o Novo Terminal Internacional de Passageiros de Florianópolis, Aeroporto Hercílio Luz (2004)
Concurso de Requalificação da Praça dos Três Poderes – Tancredo Neves, Florianópolis (2010 – 2º lugar).
Em 2012 Eduardo Castells publicou o livro “Traços e palavras: sobre o processo projetual em arquitetura”, editora UFSC, sobre ‘métodos de projetação’ em arquitetura. Castells registra nesta obra aspectos que considera significativos na prática projetual dos iniciantes e que são importantes para que o leitor entenda que não há um conhecimento único nem asséptico sobre metodologias: os posicionamentos ideológicos e conceituais dos teóricos que tratam do tema repercutem diretamente nas posturas por eles defendidas.