Foi realizado em Brasília, dia 16 de maio, o VI Encontro Nacional de Coordenadores da CEF. Integrantes da Comissão Ordinária de Ensino e Formação e conselheiros das CEF dos CAU/UF discutiram o andamento de ações anteriormente iniciadas, além de planos de ação para 2023.
Entre os assuntos discutidos, foram o Congresso UIA, banco de dados, RRT acadêmico, estágio e extensão, e avaliação das condições de oferta de cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo.
Destacou-se a importância da valorização da formação continuada dos profissionais de arquitetura e urbanismo, e houve uma apresentação do Portal de Formação Continuada do CAU/BR.
Claudia Sales, coordenadora-adjunta da CEF e também coordenadora da Comissão Temporária de Raça, Etnia e Diversidade, contou que no II Encontro da Diversidade, realizado no dia anterior, “90% das perguntas da plateia foram sobre formação, não sobre exercício profissional”.
O encontro também contou com a presença do presidente do CNE (Conselho Naciontal de Educação), Luiz Roberto Liza Curi. Ele fez a revisão das novas DCN (diretrizes curriculares nacionais) do curso de graduação de Arquitetura e Urbanismo, após as contribuições recebidas durante o III Congresso de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina, em Chapecó, realizado em setembro de 2022. “Podemos fechar o texto e votar na primeira semana de julho”, avalia o presidente.
Curi também comentou sobre cursos EAD e como sua expansão acontece a passos largos, sem avaliação adequada, e que a realidade de muitos polos é chocante. “O EAD precisa passar por uma vasta e profunda revisão”, disse. “Na arquitetura formamos profissionais que vão intervir na sociedade, com ideias e também com intervenções materiais.”
O coordenador da CEF, Valter Caldana, ressaltou a especificidade do papel das DCN nos cursos de arquitetura: “Na nossa legislação, as atribuições profissionais são feitas a partir das diretrizes curriculares, o que quer dizer que o diálogo é provocado pela lei. As DCN, para o CAU, têm papel importante. Então, o CAU deve ser não só mais um agente interlocutor, mas trazer um aporte da organização da profissão e das atribuições profissionais desde o nascimento das DCN”.