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Falta de arborização tem contribuído para o aumento das ilhas de calor em Manaus

 

A cidade de Manaus é uma das capitais brasileiras menos arborizadas do país e isso vem contribuindo para as chamadas ilhas de calor. Temperaturas elevadas onde à sensação térmica é acima do esperado. Essas ilhas de calor incidem pela cidade devido à verticalização, os tipos de revestimentos das fachadas edificações, desmatamento, além da diminuição da permeabilidade do solo devido o aumento da pavimentação asfáltica. Com falhas de planejamento urbano a cidade cresce sem responsabilidade ambiental.

 

De acordo com pesquisas acadêmicas, o crescimento urbano altera o clima em Manaus e a urbanização pode influenciar nessa alteração tanto de forma positiva como negativa.

 

Em uma das pesquisas realizadas pela acadêmica de engenharia ambiental do Centro Universitário do Norte (Uninorte), Denise Hall, aponta que quanto mais construções e pavimentações construídas na cidade em determinadas zonas, o aumento da temperatura chega a 3 °C, ponto negativo do estudo. Agora o ponto positivo foi em relação aos locais construídos que mantiveram áreas verdes ou até mesmo construíram essas áreas, a temperatura tende a cair 3 °C.

 

A pesquisa foi contemplada pelo Programa de Apoio à Participação em Eventos Científicos e Tecnológicos (PAPE), da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e será apresentado no Simpósio de Climatologia, em Natal (RN).

 

Para o Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas CAU/AM, Jaime Kuck. Toda cidade do país tem lugares mais quentes que os outros, ou seja, toda cidade é uma ilha de calor umas mais outras menos. “Em função das construções, viadutos, asfalto e da ausência de vegetação, isso tudo funciona como, por exemplo, coletores de calor, portanto é armazenado nas edificações”.

 

Na área urbana de Manaus hoje os índices de chuva é acima da média no período do inverno amazônico. Decorrente das altas temperaturas. “Os índices de precipitação pluviométrica na capital são maiores que no próprio entorno florestal, pois cria uma zona de baixa pressão atmosférica, o ar sobe e com essa subida a um fenômeno de atração de umidade na área central da cidade”. Como afirmou Jaime Kuck do CAU/AM. Essa umidade acaba se transformando em chuva, finaliza.

 

Sobre o Plano Diretor de Arborização de Manaus 

 

Foi criado em março de 2012 um plano diretor de arborização na cidade. O projeto abrange diretrizes e regulamentações que deverão ser compreendidas. As regras estabelecidas pelo plano estão às técnicas de transplante de árvores, o cálculo de medidas compensatórias para o corte de espécies exóticas nativas e protegidas, a regularidade da irrigação em períodos de estiagem e chuvosos e as espécies recomendadas para arborização urbana, dependendo do porte e da localização.

 

Outra novidade é o capítulo dedicado à educação ambiental, tendo em vista a importância do engajamento da população para a transformação do quadro em que se encontrava a cidade.  A resolução proíbe, por exemplo, a realização de corte e poda sem autorização da Semmas, e define os critérios para a concessão dessas licenças. Segundo informações contidas nesse documento.

 

“O plano diretor quando trata da questão da arborização, ele deveria desenvolver um plano especifico chegando a um nível de sofisticação, sobretudo no sentido de identificar essas áreas onde incidem essas ilhas de calor dentro da cidade, criando um projeto de arborização naquela área”. Argumenta Jaime Kuck.

 
Publicado em 21/09/2015. Fonte: CAU/AM

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